segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

RMS Aquitânia

RMS Aquitânia


Este paquete pertencia à classe do «Lusitania» e do «Mauretania», assim baptizados em memória de três importantes províncias do Império Romano.Foi construído nos estaleiros de Clydebank (Escócia), pela famosa firma John Brown & Company e lançado à água no dia 21 de Abril de 1913. Entrou em serviço, por conta da Cunard Line, em Maio do ano seguinte. De um luxo até então nunca visto, o «Aquitania» recebeu a gloriosa alcunha de 'palácio flutuante', termo depois alargado a outros navios da mesma qualidade. O «Aquitania», media 275,20 m de comprimento por 29,60 m de boca, deslocava cerca de 46 000 toneladas e podia nevegar à velocidade de 23 nós. A sua equipagem era constituída por 972 elementos (marinheiros e pessoal de serviço), que davam assistência a um total de 3 230 passageiros. No início da sua carreira, este paquete da Cunard fez apenas três ligações entre Liverpool-Nova Iorque, sendo logo depois (devido à eclosão da Grande Guerra) requisitado pelas autoridades navais e transformado em navio-hospital. No final do conflito, o seu armador mandou proceder à modernização do «Aquitania», substituindo o carvão do seu antigo sistema de propulsão por um combustível à base de petróleo. A Cunard mandou também repor no navio todas as obras de arte que o decoravam no período pré-guerra, devolvendo-lhe, assim, o seu lustro inicial. O «Aquitania» voltou à linha de Nova Iorque, mas, com a crise financeira de 1929 o navio perdeu muitos dos passageiros afortunados que guarneciam e animavam a sua classe de luxo. Para o rentabilizar, o seu armador lançou-o no negócio dos cruzeiros populares e até encarou a possibilidade de o mandar para a sucata em vésperas do lançamento do «Queen Elizabeth». Mas, com o rebentamento da Segunda Guerra Mundial, o velho navio foi de novo requisitado pelas autoridades militares. Que, desta vez, o transformaram em transporte de tropas. Desmobilizado e entregue à Cunard em 1949, este excelente navio -que conheceu os horrores de dois conflitos generalizados- foi vendido (em 1950) a um sucateiro escocês, que o desmantelou. Calcula-se que, durante a sua carreira civil e militar, o «Aquitania» tenha navegado três milhões de milhas náuticas e transportado muitos milhares de passageiros.

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