segunda-feira, 7 de maio de 2012

Wilhelm gustloff




Wilhelm Gustloff foi um navio transatlântico alemão. Foi assim batizado em homenagem de líder suiço do NSDAP helvético, que foi assassinado por um anti-nazista.
Ao final da Segunda Guerra Mundial, em uma missão para ajudar as multidões de alemães que fugiam do avanço soviético no Leste, foi atingido por três torpedos do submarino soviético S-13, vindo a afundar no Mar Báltico em 30 de janeiro de 1945.
Tinha a bordo cerca de nove mil e seiscentos passageiros civis, a maioria mulheres que fugiam do avanço do Exército Vermelho, que com ficou famoso pelo massacre da aldeia de Nemmersdorf , em outubro de 1944. Este fato explica a superlotação. Crianças, idosos e muitos militares feridos também constavam dentre os seus passageiros. Contava ainda com cerca de mil tripulantes. O Wilhelm Gutloff ficou boa parte da guerra ancorado em Gotenhafen como navio-hospital. Representa, até hoje, um dos maiores desastres navais de todos os tempos.

História

Foi construído nos estaleiros Blohm & Voss, de Hamburgo, para a Kraft durch Freude (KdF) (Força pela Alegria), uma organização civil que promovia atividades culturais e recreativas, incluindo concertos e outras festividades para os trabalhadores alemães de todas as classes.
Os trabalhos iniciaram-se em 1 de Maio de 1936 e o lançamento ao mar ocorreu em 5 de Maio de 1937, seguindo-se as operações de apetrechamento e finalmente a entrega à KdF, o que aconteceu em 15 de Março de 1938, sendo Carl Lubbe o seu primeiro comandante. Conforme o projeto original, o navio deslocava 25.484 toneladas à velocidade de 15 nós e tinha capacidade para 1.463 passageiros e 417 tripulantes, ou seja, havia capacidade para 1.880 passageiros no total.
Em 4 de Abril de 1938, em uma de suas primeiras viagens, efetuou, sob péssimas condições de mar, o salvamento da tripulação de um cargueiro britânico - o SS Pegaway - com grande repercussão na imprensa britânica. Em 20 de Abril de 1938, partiu, junto com outros navios da frota KdF para a viagem inaugural como navio de cruzeiro rumo ao Arquipélago da Madeira, com escala em Lisboa. O tamanho do navio, o luxo sóbrio e o fato de permitir viagens em classe única para todos, impressionou à época.
Os fiordes noruegueses, tal como Lisboa e o Funchal, na Madeira, tornaram-se destinos de eleição. O navio efetuou cerca de cinqüenta viagens em tempo de paz, transportando cerca de 70.000 passageiros, sempre com grande sucesso. Em 25 de Maio de 1939, colaborou, junto com outras unidades da KdF, no repatriamento da Legião Condor após o fim da Guerra Civil Espanhola.
Com o início da Segunda Guerra Mundial foi transformado em navio-hospital, colaborando na evacuação de feridos da Polónia e mais tarde, após a invasão da Dinamarca e Noruega pelas tropas alemãs, de Oslo. A 17 de Novembro de 1940 foi transferido para Gotenhafen ( hoje, Gdynia) e colocado fora de serviço como navio-hospital, passando a navio-alojamento em 20 de Novembro de 1940.

[editar]O naufrágio

12 de Janeiro de 1945Adolf Hitler e Karl Dönitz reconhecendo a situação militar insustentável na Prússia Oriental, elaboraram um plano de evacuação por mar Operação Hannibal na qual o Wilhelm Gustloff partindo de Gotenhafen evacuaria muitos milhares de refugiados que se acumulavam na cidade. Comandado por Friederich Petersen e Wilhelm Zahn e com uma tripulação de recurso, apesar de imobilizado no porto há quatro anos, servindo como quartel, este recebeu a bordo cerca de nove mil e seiscentos refugiados, que se juntaram a cerca de mil tripulantes, saindo do porto de Gotenhafen a 30 de Janeiro de 1945.
Após sair da Baia de Gdansk e contornar o cabo, seguia em uma rota limpa pela Kriegmarine, na qual estava também o cruzador de batalha Almirante Hipper, além de uma flotilha de z-boots e caça minas, quando caiu a noite, foi avistada da ponte de comando do Wilhelm Gustloff uma flotilha de caça minas que navegava em sentido contrário, sendo então dada a ordem para que fossem acesas as luzes de navegação e, este foi o erro fatal, já que o submarino soviético S13 comandado pelo capitão Alexander Marinesko, avistou também a luzes quando patrulhava a costa polonesa.
Alexander Marinesko estava sob investigação do NKVD por ter cometido faltas e erros crassos por sua dependência química em alcóol e, quando foi avisado pelo operador de periscópio de que uma grande "belonave" inimiga havia sido avistada, viu ali a sua esperança de um grande feito.
Determinou então que quatro torpedos fossem preparados e lançados, no primeiro escreveram "Para a Pátria", no segundo, "Para Stálin", no terceiro, "Para o povo soviético" e no quarto, "Para Leningrado".
Ironicamente, somente o torpedo para Stálin perdeu seu rumo, tendo os demais atingido o Wilhelm Gustloff na proa, abaixo da piscina e a meia nau, em pleno Báltico.
Em pouco tempo,o navio começou a virar rapidamente para bombordo, dificultando o preenchimento e a arriação dos botes.Enquanto isso, no convés,os tripulantes estavam fazendo o sinal de código morse por faróis e lançando foguetes sinalizadores para os navios próximos. No pânico que se seguiu, alguns refugiados acabaram pisoteados quando todos corriam para os botes salva-vidas.
Pouco tempo depois,o navio estaria completamente virado,com as pessoas tentando se salvarem,ficando na lateral do navio, somente os navios caça minas e o z-boot acudiu ao sinistro, o Admiral Hipper afastou-se, com medo do S13.
O Wilhelm Gustloff afundou uma hora e dois minutos depois de atingido, às 22h18 do dia 30 de janeiro de 1945.
Segundo pesquisas mais recentes, havia no navio 10.582 pessoas, sendo que foram resgatadas apenas 964 delas, muitas das quais morreram mais tarde. Sabe-se que, das vítimas, cerca de 4.000 eram crianças e adolescentes, além de muitos soldados feridos e refugiados de guerra[1].
O número exato de mortos é difícil de ser estabelecido, mas estima-se que morreram entre 8.500 e 9.600 pessoas.

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